Dia 9 de maio, Dia da Europa. Numa igreja católica da capital algarvia,
assinalou-se esta ocorrência com uma celebração litúrgica de oração ecuménica,
promovida por diversas organizações e movimentos cristãos de espiritualidade.
A igreja matriz de S. Pedro encheu-se de muitas dezenas de pessoas, entre
as quais se contavam um grupo de cristãos ortodoxos romenos e outro da igreja
bizantina. A celebração foi presidida pelo Sr. Bispo da Algarve, D. Manuel
Quintas e pelo Sr. P. Ioan da igreja ortodoxa romena e o P. Oleg, da Comunidade
Ucraniana Greco Católica.
Duas figuras públicas da cidade de Faro quiseram partilhar este momento de
oração pelos destinos da Europa: o Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. José
Macário e a Sra. Diretora Regional da Cultura do Algarve, Dra. Dália Paulo.
Ver com o coração é fazer como Jesus, que olha para dentro e vê o que está
por detrás de cada pessoa. Aquele "vai e faz tu o mesmo" é uma
interpelação e um compromisso muito abrangente que – acrescentou o Sr. Bispo –
«gostaria que levássemos daqui esta noite».
E continuou, interpelando a assembleia a fazer reavivar
o lema do “Juntos pela Europa”, surgido no ano de 1998, por iniciativa do
Papa João Paulo II: lutar pela construção duma Europa com valores, tendo em
conta as suas raízes cristãs e a dimensão espiritual da sua cultura.
Esses valores poderão, de alguma maneira, sintetizar-se em sete, os 7 SIM’s: sim à vida, sim à família, sim
à proteção da natureza, sim a uma economia justa, sim à solidariedade humana, sim
à paz universal, sim à responsabilidade social.
Foi este sonho que se quis, mais uma vez, reavivar nesta cidade de Faro,
comprometendo os participantes a tomarem consciência da urgência em preservar
aqueles valores e divulgar esta iniciativa.
No final, eram visíveis o entusiasmo e a alegria de todos e o Sr. Bispo
disse que temos de continuar, confidenciando que não esperava que viesse tanta
gente. Também a Diretora Regional da Cultura, em conversa com D. Manuel Quintas,
dizia que há conquistas da União Europeia que não se podem perder, tais como, a
unidade da Europa, a moeda única, etc...
Foi uma lufada de esperança numa Europa nova, onde os cidadãos cristãos
querem fazer ouvir a sua voz e comprometer-se na construção de uma nova Europa.
Agostinho Morgado
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